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Interface - Comunicação, Saúde, Educação

versão impressa ISSN 1414-3283

Resumo

POLI NETO, Paulo  e  CAPONI, Sandra N.C.. A medicalização da beleza.Traduzido porSilvana Polchlopek. Interface (Botucatu) [online]. 2007, vol.3Selected edition, pp. 0-0. ISSN 1414-3283.

A supervalorização da aparência física é acompanhada pelo crescimento de uma medicina da beleza. Neste estudo investiga-se como a Cirurgia Plástica Estética aborda a aparência por meio da análise de discurso das revistas Aesthetic Surgery Journal e Aesthetic Plastic Surgery, em 2003 e 2004. Três categorias foram analisadas: como define seu objeto de estudo; em que padrões de beleza baseia a intervenção; e como explica a demanda pela cirurgia. A racionalidade que sustenta o discurso é a biomédica, que se estrutura em torno de uma teoria das doenças e de uma construção dual entre normal e patológico. Os padrões de beleza constroem-se com base em normas biológicas e de estudos antropométricos, e não de normas sociais de beleza. A motivação para as intervenções estéticas proviria de uma baixa auto-estima, naturalizada, resultante da desconformidade do corpo em relação às normas. No sentido emprestado à medicalização neste estudo, conclui-se que há uma apropriação de variações ou anomalias da aparência física pela racionalidade biomédica, o que permitiria discursar sobre o tema em termos de saúde/doença, normal/patológico.

Palavras-chave : Medicalização; Cirurgia plástica; Indústria da beleza; Imagem corporal.

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