Scielo RSS <![CDATA[Teoria & Sociedade]]> http://socialsciences.scielo.org/rss.php?pid=1518-447120060001&lang=es vol. 1 num. SE lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://socialsciences.scielo.org/img/en/fbpelogp.gif http://socialsciences.scielo.org <![CDATA[<B>Industrial landscapes and the uprooting of local populations</B>: <B>social and environmental conflicts in hydroelectric projects</B>]]> http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-44712006000100001&lng=es&nrm=iso&tlng=es Development projects conceived within policies of economic growth concentrate "environmental space". The homogenization they promote in space reflects a monocultural state of mind that threats a diversity of non-industrialized modes of living and uses of resources. It generates an unequal ecological distribution. This is the case of hydroelectric dams that flood protected areas and impose a compulsory displacement of riverside dwellers (family agriculture, indigenous and ex-slaves communities etc.). From the research experience in Minas Gerais, this article analyses the environmental licensing process related to construction of dams as a field of conflicts around the social appropiation of nature. In the struggle to define the users and meanings of territories, there are, on the one hand, the rural communities affected by such projects and, on the other hand, the Electric Sector. These actors represent two different rationalities in dipute: for local people, the land represents family and community heritage which are kept by collective memory and rules of using and sharing the resources. From a market perspective, the Electric Sector understands the territory as propoerty, therefore as a commodity. In such a field os struggles, where different positions sustain unequal forces, uneven and unsustainable social and environmental policies are perpetuated.<hr/>Projetos industriais concebidos no âmbito de uma política de desenvolvimento voltada para o crescimento econômico são concentradores de "espaço ambiental". A homogeneização que provocam no espaço reflete uma visão monocultural que ameaça uma heterogeneidade de modos não-industriais de viver e de utilizar os recursos, gerando uma distribuição ecológica desigual. Este é o caso dos projetos hidrelétricos que impõem o deslocamento compulsório a populações ribeirinhas (agricultores familiares, comunidades indígenas e quilombolas, entre outros) e provocam a inundação de áreas protegidas. A partir das experiências de pesquisa em Minas Gerais, este texto analisa o licenciamento ambiental de hidrelétricas como um campo de conflitos em torno da apropriação social da natureza. Destacam-se, de um lado, as comunidades rurais atingidas e, de outro, o Setor Elétrico, na luta pela definição dos usos e significados do território. Esses atores expressam duas racionalidades em confronto: para as populações locais, a terra representa o patrimônio da família e da comunidade, resguardado pela memória coletiva e por regras de uso e compartilhamento dos recursos. Para o Setor Elétrico, a partir de uma ótica de mercado, o território é entendido como propriedade, e como tal, mercadoria passível de valoração monetária. Nesse campo de lutas em que as diferentes posições sustentam forças desiguais, perpetuam-se políticas socialmente injustas e ambientalmente insustentáveis.