Scielo RSS <![CDATA[Tempo Social]]> http://socialsciences.scielo.org/rss.php?pid=0103-207020060002&lang=es vol. 2 num. SE lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://socialsciences.scielo.org/img/en/fbpelogp.gif http://socialsciences.scielo.org <![CDATA[<B>The conditions of possibility of land occupations</B>]]> http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702006000200001&lng=es&nrm=iso&tlng=es Invading private lands and setting up encampments has now become the favoured means of pushing for agrarian reform in Brazil, a strategy used by rural organizations such as MST (the Landless Movement) and workers unions. The State has also legitimized these movements' aims to take over occupied lands and re-distribute them. Research conducted in Pernambuco, the state with the highest number of occupations, provides the basis for examining this recent aspect of Brazilian history. The article focuses on the rural zone formed by large-scale sugarcane plantations where many encampments are concentrated and situates the occupations in the context of the region's recent history, revealing the causes behind their multiplication and analyzing their implications. It concludes by turning to South Africa where land invasions - conceived by social movements as the best procedure for obtaining land distribution from the Government - have failed to attain the same scale of results. This comparison allows us to identify the social conditions that have favoured the institutionalization of land occupations in Brazil while hindering them in South Africa.<hr/>Ocupar terras e nelas montar acampamentos é, em nossos dias, a forma apropriada para reivindicar a reforma agrária no Brasil e dela se valem as organizações do mundo rural, como o MST e o movimento sindical. O Estado tem conferido legitimidade à pretensão dos movimentos ao desapropriar as terras ocupadas e redistribuí-las. Esse fato recente na história nacional é examinado a partir de pesquisa realizada em Pernambuco, estado com o maior número de ocupações. O foco é a zona das plantações canavieiras, onde há grande concentração de acampamentos. O artigo inscreve as ocupações na história recente da região, mostra o que contribuiu para que se multiplicassem e analisa suas implicações. Ao final é feita uma digressão sobre a África do Sul, onde as ocupações, tidas pelos movimentos sociais como o procedimento adequado para obter do governo a distribuição de terras, não possuem a mesma magnitude. A comparação permite identificar as condições sociais que no caso brasileiro têm favorecido a institucionalização das ocupações e no caso sul-africano as têm obstaculizado. <![CDATA[<B>The hidden face of income transfer programs for young people in Brazil</B>]]> http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702006000200002&lng=es&nrm=iso&tlng=es Based on a broader analysis of the nature of recent public policies directed at youths in Brazil and on the conflicting orientations inherent in this field, this paper discusses the presuppositions contained in three public programs currently being implemented in the country: the Young Agent Project, the Voluntary Civil Service Program and the Work-Income Allowance Program. After an overview of each of these programs, including various aspects where they diverge, the analysis focuses on the paradoxes and ambiguities underlining their common format: the transfer of income linked to some kind of return commitment by the youngsters, usually a return to or continuation of schooling and the realization of socioeducational or community-type activities. While acknowledging the beneficial side of access to income, the paper warns of the possibility of disseminating new forms of domination based on the adoption of this model in public policies directed at youngsters.<hr/>A partir da análise mais ampla do caráter das recentes políticas públicas dirigidas a jovens no Brasil e das orientações conflitivas inerentes a esse campo, o artigo discute os pressupostos contidos em três programas públicos implementados no país: o Projeto Agente Jovem, o Programa Serviço Civil Voluntário e o Programa Bolsa Trabalho Renda. Após uma caracterização geral de cada um deles, sem ignorar aspectos de sua diversidade, a análise concentra-se nos paradoxos e ambigüidades subjacentes a seu formato comum: a transferência de renda atrelada à exigência de algum tipo de contrapartida do público juvenil, em geral o retorno/permanência na escola e a realização de atividades de caráter socioeducativo ou comunitário. Sem negar o benefício promovido pelo acesso à renda, o artigo alerta para a possibilidade de disseminação de novas formas de dominação a partir da adoção desse modelo nas ações públicas dirigidas aos jovens. <![CDATA[<B>Urban youth circuits in São Paulo</B>]]> http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702006000200003&lng=es&nrm=iso&tlng=es This article presents the results of a research project on young people and their cultural and leisure practices, and their networks of sociability and exchange (including conflictual relations) in the urban context of São Paulo city. After introducing and discussing the terms 'urban tribes and youth culture,' I propose another term, 'youth circuits,' as an alternative approach to the theme. Instead of emphasizing the fact that they are young - thereby supposedly linking a wide range of different manifestations to a common denominator - the idea is to highlight their insertion in the urban scenario through an ethnography of the spaces where they circulate and meet, the occasions where conflict erupts, and the partners with whom they establish exchange relationships. By adopting this approach, I intend to connect two elements that are present in this dynamic: firstly, behaviours; and secondly, the urban spaces, institutions and installations. The idea is to call attention to (1) sociability, rather than consumption and styles of expression linked to the generational issue; (2) to permanence and regularity, rather than fragmentation and nomadism.<hr/>Este artigo apresenta os resultados de um trabalho sobre o tema dos jovens e suas práticas culturais e de lazer, redes de sociabilidade e relações de troca (e também de conflito) no contexto urbano da cidade de São Paulo. Após a apresentação e a discussão dos termos "tribos urbanas" e "cultura juvenil", proponho outra denominação, "circuitos de jovens", para a abordagem do tema. Em vez da ênfase na condição de "jovens", que supostamente remete a diversidade de manifestações a um denominador comum, a idéia é privilegiar sua inserção na paisagem urbana por meio da etnografia dos espaços por onde eles circulam e onde se encontram, e das ocasiões de conflito e dos parceiros com quem estabelecem relações de troca. Com isso, busca-se articular dois elementos presentes nessa dinâmica: os comportamentos e os espaços, instituições e equipamentos urbanos. O que se pretende é chamar a atenção (1) para a sociabilidade, e não tanto para pautas de consumo e estilos de expressão ligados à questão geracional, e (2) para as permanências e as regularidades, em vez da fragmentação e do nomadismo.