Scielo RSS <![CDATA[Topoi: Revista de História]]> http://socialsciences.scielo.org/rss.php?pid=1518-331920060002&lang=pt vol. 2 num. SE lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://socialsciences.scielo.org/img/en/fbpelogp.gif http://socialsciences.scielo.org <![CDATA[<B>O Fogo e a Tinta</B>: <B>a Batalha de Salvador nos relatos de Guerra</B>]]> http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-33192006000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt The reconquering of the city of Salvador by the Catholic Monarquic Forces was a belic enterprise of great impact. The abundance of narrations, stories and live accounts of the battle testify to its importance for their contemporaries. A detailed exam of this literature shows the opposition, even if veiled, between the "Fidalgos" from Portugal and from Castela: they both claimed proeminence of belic achieviments and the merit of victorious deeds. The Battle of Bahia, narrated and celebrated to great extent, turned out to be revealing of the tensions between the "fidalgos" of Portugal and Castela, which in turn would give rise to a discussion more than secular eventually embodying itself in December 1640.<hr/>A reconquista da cidade de Salvador pelas forças da Monarquia Católica em 1625 foi um grande feito bélico. A abundância de testemunhos, relatos e histórias da batalha são tantos elementos que certificam a importância do acontecido para os seus contemporâneos. Um exame detido dessa literatura é capaz de mostrar uma oposição, ainda que dissimulada, entre fidalgos portugueses e castelhanos; eles disputavam a proeminência nos feitos bélicos e a honra do desempenho vitorioso. Festejada, narrada e comemorada, a batalha da Bahia acabou por se transformar num acontecimento revelador de tensões de tensões entre fidalgos de Portugal e de Castela, que iria alimentar uma dissensão mais que secular e que viria a tomar corpo em dezembro de 1640. <![CDATA[<B>Ofícios mecânicos e mobilidade social</B>: <B>Rio de Janeiro e São Paulo (Séculos XVII-XIX)</B>]]> http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-33192006000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt This article analyses the Seventeenth- to the Twentieth-century Rio de Janeiro and São Paulo capitanias/provinces with an underlining concern about labor conceptions in Brazil by then, highlighting different approaches of the theme as well as trying to intertwine the idea that the mechanical handicap stigmatized workers, especially for freed people and for slaves' descendants. We propose that social mobility happens at the intragroupal level, and that not every social group was based on the aristocratic notion about the mechanical handicap. Moreover, such notion proved some flexibility of time and space even among the elite members.<hr/>Analisando as capitanias/províncias do Rio de Janeiro e São Paulo entre os séculos XVII e XIX, o artigo se ocupa basicamente de concepções de trabalho no passado brasileiro, destacando diferentes abordagens sobre o tema, assim como tenta matizar a idéia de que o defeito mecânico estigmatizava trabalhadores, principalmente forros e descendentes de escravos. Propõe-se que a mobilidade social é intragrupal e que nem todos os grupos sociais se pautavam sobre a noção aristocrática do defeito mecânico. Ademais, mesmo entre membros das elites tal noção apresentava fluidez no tempo e no espaço. <![CDATA[<B>Sob o domínio da precariedade</B>: <B>escravidão e significados da liberdade de trabalho no século XIX</B>]]> http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-33192006000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt This article examines the ambiguities raised by the concept of "labor freedom" in the XIXth century, through a comparative perspective of not only the history and historiography of slavery, but also the social, economic, and institutional history of labor. It considers that this approach will allow a better understanding of the collective experience of free laborers as well as slaves, in order to criticize the "transition" model that is still used - often without any criticism - by the historiography on slavery and free labor in Brazil and in the Americas to explain the relationship between freedom and bondage in labor history. Some of the questions raised in the first part of the article will be used to analyze a sample of labor contracts between formal slaves and their formal masters or new bosses, notarized in the city of Desterro, in Southern Brazil, between the 1840s and the 1880s.<hr/>O artigo aborda as ambigüidades que envolvem a noção de "liberdade de trabalho" no século XIX, partindo de uma discussão comparativa não apenas sobre a história e a historiografia da escravidão, mas abrangendo a história social, econômica e institucional do trabalho de um modo geral. Parte-se do princípio de que uma abordagem deste tipo permite formular de modo mais agudo uma interpretação sobre a experiência coletiva dos trabalhadores livres e escravos, evitando algumas das armadilhas do modelo de "transição" utilizado - muitas vezes acriticamente - pela historiografia no Brasil e nas Américas para explicar a relação entre sujeição e liberdade na esfera do trabalho. Algumas das questões levantadas na primeira parte do trabalho são articuladas na discussão de uma amostra de "contratos de locação de serviços" envolvendo ex-escravos e patrões, registrados nos cartórios de notas da cidade do Desterro entre as décadas de 40 e 80 do século XIX. <![CDATA[<B>Las Casas, Alonso de Sandoval e a defesa da escravidão negra</B>]]> http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-33192006000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt The aim of this paper is to analyse the contributions made by the Dominican Bartolomé da Las casas, in the XVI century, and the Jesuit Alonso de Sandoval, in the XVII century, to legitimaze and regularize discourses about the slave trade and black slavery in the Spanish Americas.<hr/>A proposta do artigo é analisar a contribuição do dominicano Bartolomé de Lãs Casas, no século XVI, e do jesuíta Alonso de Sandoval, no século XVII, na construção do discurso legitimador e regulador do tráfico e da escravidão dos negros.